sexta-feira, setembro 29, 2006

Ciclo da Evolução - Nosso Brilho
Saul Brandalise Jr.

Todos somos seres de Luz. A intensidade de nosso brilho está diretamente relacionada com o nosso encontro com nós mesmos.

Poderemos estar, nesta vida, só realizando tarefas que satisfazem aos que nos cercam e nos esquecendo do que nós estamos fazendo neste planeta: simplesmente evoluindo. Ora, como poderemos colher a nosso favor, se plantarmos para os outros? Como nos tornarmos seres com brilho próprio, se somos o que os outros querem que sejamos?Há certamente um caminho para termos o nosso próprio brilho. Primeiro precisamos diferenciar a nossa vida entre o Ser o Ter.

Ter é efêmero, sem continuidade, é alegria de conquista, de momento. Sentido amorfo da vida.
Ser é brilho. É relação duradoura, é conceito de alma e de valor.Para Ser é preciso abandonar tudo aquilo que não queremos mais para nós e passar a viver cada momento com se ele fosse o último de nossa vida. Isso significa intensidade de propósitos. Nós passamos a maior parte de nossa vida indo atrás do Ter e nos esquecemos de que o que na realidade faz a diferença é o Ser. Isso traz felicidade.

O Ter sempre é uma atitude corporal, enquanto que o Ser é uma “atitude” de alma.
Durante muito tempo convivi com uma confusão em minha mente entre o que realmente é Ser e Ter. Passei anos correndo atrás do Ter, me esquecendo de Ser e achando que este era o verdadeiro caminho. Só encontrei ilusão.
Buscar bens materiais é o maior equivoco que uma pessoa pode praticar quando isso significa esquecer de Ser.

Não, não fique indignado achando que sou um grande sonhador... É perfeitamente possível Ser antes de Ter. E o Ter vir a seguir...
Quando por fim resolvemos inverter estes valores, a felicidade e o brilho de nossa vida acabam aparecendo. O Universo sempre conspira a nosso favor. Quando realmente determinamos para nossa mente que o mais importante é o que realmente somos do que tudo que efetivamente temos, a vida passa a ter sentido e nosso olhar começa a brilhar. Aqui se dá o início da nossa descoberta interior e principiamos o verdadeiro caminho, o sentido de uma encarnação.

Descobri, depois de muita busca interior, que o Ter faz sua parte, aparecendo ao se ajudar os outros sem que sejamos solicitados. Ninguém tem o direito de interferir no Livre Arbítrio dos outros. Cada um vai passar as experiências que precisa viver. Esta atitude, de ajudar sem que sejamos solicitados, faz com que apaguemos o brilho de nossa vida. Estamos atuando onde não somos chamados.
Assim é a vida, assim está escrito pela Lei do Universo. Tudo é causa e efeito. Nosso brilho também, ele é conseqüência de nosso interior.

Quando resolvi mudar, percebi que as pessoas à minha volta expressaram várias reações. Na média pude perceber que as análises em cima de minha decisão eram sempre comprometidas com as “perdas materiais”. Claro que a maioria das pessoas analisa e gosta de julgar os outros por sua quantidade de bens e pelo volume financeiro de suas poupanças. Enfim, pela aparência, pelo bolso. Ora, mas era exatamente isso que eu queria abandonar e deixar de lado. Para o futuro de minha vida estes valores não serviriam mais.
Assim, todos os julgamentos eram equivocados e comprometidos com o Ter. No texto acima, comentamos um pouco sobre isso: O Ter. Suas conseqüências e a forma como ele influencia a nossa vida.

Decidir Ser, buscar conteúdo na alma, é o começo da grande virada.É obvio que esta decisão compromete o nosso futuro, pois justamente aquilo que não desejamos mais ser e viver, é, por paradoxal que possa parecer, o que mais se repete. Mas é fácil de entender. Se não quero mais ser o que era, praticamente tenho que abandonar tudo o que me cercava, ou pelo menos o que me sugava energia.

As pessoas não se dão conta que são produto de um meio. De hábitos e manias com as quais convivem. De pessoas que sugam a sua energia fazendo com que sejam o que elas querem. Se isso é bom o ruim para nós, pouco importa para elas. Estão habituadas com o nosso gesto servil.
Assim, o grito de independência não é tão simples quanto possa parecer. Ele, na realidade, é apenas o começo e nada mais. As dificuldades começam a aparecer depois. É exatamente aí que tudo começa a mudar. Somos forçados a realmente viver a nova vida.

O nosso corpo e a nossa vida são uma clara demonstração do estado de Ser de nossa alma.
Jamais seremos felizes levando a nossa infelicidade conosco.
Jamais teremos o corpo que pretendemos ter se somos infelizes.

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