1.976,num mes qualquer que já perdeu-se na memória...Grávida de 5 meses,e de repente,perdendo-se a vida dentro de mim,fui levada às pressas pra uma clínica,o médico anestesiou e morria o bebê e eu também.Saí do corpo e acima ,atrás do médico me ví deitada na sala de cirurgia,depois ví meus pais jantando calmamente na cozinha da casa deles,não sabiam o que estava acontecendo comigo,na ante sala o marido esperava ,aflito,e eu voei,como se fosse uma folha de papel...subia entre alguns prédios,ora devagar,ora com muita velocidade!!!E subia...subia,tão alto ..que sentia enjôos,a luz,via a luz e.....de repente...voltei ao meu corpo.....
Essa sou eu
Pan
As experiências de Quase-Morte – Parte 1
Wilson Francisco (Terapeuta Holístico)
As crianças não mentem
Das pesquisas realizadas a respeito da “near death experiences” (NDE), experiências de quase-morte, uma bem expressiva foi a realizada pelo Dr. Melvin Morse, que reuniu em livro uma série de depoimentos do mesmo tipo, relatados por crianças. Closer to the Light - Learning from the Children (Mais Perto da Luz - Aprendendo com as crianças) é uma obra importante, trazendo um noticiário amplo, colhido junto a crianças que escaparam de acidentes ou doenças graves.
A espontaneidade e a seriedade com que o assunto foi tratado, além da assistência dos médicos e psicólogos dos meninos e meninas envolvidos em trágicas situações de quase-morte, deram um grau elevado de credibilidade ao trabalho do Dr. Morse.
Katie estava boiando na piscina da Associação Cristã de Moços, sem reflexos e retornou à vida após a cateterização arterial, realizada pelo Dr. Morse. O pai da menina sugeriu uma roda de orações, enquanto médicos e enfermeiras permaneciam à beira do leito. Três dias depois os testes neurológicos indicavam uma recuperação plena.
Para espanto de todos, na presença de seus familiares, ela identificou a equipe médica que a assistiu enquanto inconsciente e contava para todos que tinha voado por dentro de um túnel, onde encontrou uma bela jovem chamada Elizabeth, que a acompanhou numa visita que fizeram em sua casa aqui na Terra. Como resultado dessa visita descreveu um dos irmãos estudando e a mãe na cozinha preparando o almoço, dando detalhes de como se vestiam e dos movimentos que fizeram dentro da casa. Tudo confirmado por eles.
Melvin Morse continua seus trabalhos no Children’s Hospital de Seattle e tem em sua equipe a psicóloga Kim Klark. Ela trabalhou em 1989 com um grupo de 121 crianças, entre 3 e 16 anos, todas gravemente enfermas, algumas com ocorrências de morte e retorno. Em todas as experiências, as narrativas tem alguns pontos em comum. A separação do corpo, que viam como se fosse o de uma outra pessoa; o longo túnel dentro do qual a criança se deslocava em velocidade variável, do mais lento ao mais rápido; a luz era descrita como acolhedora e atraente, sem despertar medo.
Segundo a Dra. Kim, todos os depoimentos são sempre iguais em alguns pontos fundamentais e é isso o que mais desafia os estudiosos da NDE, dando a entender que se trata de um fenômeno objetivo.
Dentre os depoimentos, a psicóloga destaca os de Kurt (8 anos), June (7 anos), Michelle (8 anos) e Cindy (8 anos). “De repente, flutuava e via meu corpo embaixo. Parecia que dois médicos me empurravam. (..) sentia enjôo e minha cabeça doía, mas flutuando me sentia bem”, “Morri no carro. Estava boiando no ar, vendo os médicos pressionarem meu peito. Passei para um quarto onde estavam meus amigos. Queria falar com eles mas não podia. Meu avô se aproximou e pôs a mão no meu ombro, Ué, ele não estava morto? Tomou minha mão e me mandou voltar para meu corpo, na cama. Você tem o que falar lá”, falou.
O psiquiatra Raymond Moody Jr. diz, no prefácio do livro do Dr. Morse, que as crianças não mentem.
O pioneiro nas pesquisas
Raymond Moody Jr. publicou seu primeiro livro, Vida Depois da Vida em 1975, reunindo vários casos de pessoas que cruzaram as fronteiras da morte por alguns momentos, sendo consideradas mortas por médicos e enfermeiros e que resgataram suas funções vitais. “É um relato verdadeiro e foi escrito por um investigador autêntico e honesto”, diz a doutora em medicina Elizabeth Kubler-Ross. O pioneirismo do Dr. Moody trouxe críticas variadas, tanto de cientistas como de religiosos, avessos à idéia da imortalidade.
Ele diz na introdução de Vida Depois da Vida: “Minhas expectativas em relação a este livro são de chamar a atenção para um fenômeno que é ao mesmo tempo muito amplo e simultaneamente ajudar a criar uma atitude pública mais receptiva. Pois é minha firme convicção que este fenômeno tem grande significado, não só para muitas disciplinas acadêmicas e práticas - especialmente psicologia, psiquiatria, medicina, filosofia, teologia e o sacerdócio -, mas também para a maneira como conduzirmos a nossa vida cotidiana.
E o Dr. Raymond dá uma atenção especial aos casos em que o fenômeno causou transformações na vida das pessoas e dedica-lhes um capítulo especial intitulado “Efeito sobre as vidas”, de onde pinçamos este, muito significativo.
“Até este momento, relata um rapaz (o Dr. Moody oculta os nomes das pessoas, para não envolvê-las e protegê-las contra críticas), eu era um garoto típico do time do ginásio. Ninguém, a não ser os do meu grupo significava algo para mim. Mas depois que isso me aconteceu, eu queria saber mais. Na ocasião, no entanto, eu não imaginava que houvesse alguém que soubesse qualquer coisa sobre isso. Não sabia nada de psicologia, nem de nada assim. Tudo o que eu sabia era que me sentia como se tivesse envelhecido da noite para o dia depois do que aconteceu. Abriu-se para mim um mundo totalmente novo que eu nunca imaginei que existisse. Em outras palavras, existem mais coisas além do cinema no sábado e do futebol no domingo. E há mais coisas sobre mim que eu mesmo não sei. E aí comecei a pensar: Qual é o limite do ser humano e da mente? Foi isso. Assim começou, para mim, um mundo novo”.
Orfeu e a volta da mulher amada
Entre os gregos lendários, Orfeu foi para o mundo dos mortos e trouxe de lá a mulher amada, que morrera picada por uma serpente. No entanto, para seu desencanto, perdeu-a novamente para os abismos da morte, porque não realizou o processo conforme fora recomendado por Hades, o guardião do Inferno.
O Rig Veda, um dos quatro livros sagrados fundamentais do Bramanismo, fala de “viagens celestes” feitas por homens que na aparência morreram e que depois retornaram à vida para conselhos e transmitir fé e esperança aos vivos.
O papa Gregório Magno, Santo da Igreja, colecionou no século VI todos os relatos que pode encontrar de pessoas que morreram ou pensaram ter morrido por qualquer circunstância milagrosa e retornaram à vida como quem acorda de um sonho.
Na Malasia e na antiga Indonésia a “barca dos mortos” é um elemento da mitologia funerária. Alguns exorcistas conseguem navegar nela e voltar a margem do rio onde estão os vivos.
Túneis, zumbidos e um vôo, eis a morte
O extraordinário dessas experiências é que alguns sintomas se repetem com insistência, é o que informam os agonizantes ou quase-mortos:
- Sentem desprender-se do corpo.
- O corpo fica no hospital, na estrada e a criatura se desloca pelo espaço.
- Ouvem um forte zumbido.
- Alguns ouvem sinos, outros um ruído muito forte e desagradável e há os que ouvem músicas extraordinárias.
- Atravessam um túnel escuro. A descrição desse túnel é variada, pode ser visto como uma caverna, um buraco ou um vácuo.
- Presença de alguém ao lado, um ser de luz, anjos, parentes ou médicos.
Este ser de luz é o elemento mais comum nos relatos e o que determina profundas transformações ou mesmo o retorno para a vida física, quando a pessoa fica indecisa.
Retornando do mundo paralelo
Maria Luiza, massoterapeuta, sofreu acidente de carro. “Vi um paredão interrompendo a estrada, senti que iria morrer”, desmaiou e quando acordou viu seu corpo estendido no asfalto. Dois médicos davam tapa, murro no peito e agulhadas. Nesse momento, dois homens - que senti serem meus anjos de guarda - se aproximaram, falando-me sobre a utilidade da vida. Acompanhou seu corpo até o hospital, ficou oito dias em coma, desacordada. Em seu mundo paralelo perdeu a noção de tempo. Não queria voltar quando seu corpo se restabeleceu. Decidiu retornar quando os anjos prometeram ajudá-la, em sua existência.
Após um tiro no peito, Sandra volta para a vida na Terra
Sandra Rogers escreveu o livro Ensinamentos da Luz após ter uma Experiência de Quase-Morte em 1976, quando tentou se suicidar com um tiro no peito. Ela contou que foi levada à presença de uma luz brilhante, que lhe deu acesso a um conhecimento ilimitado durante o tempo em que permaneceu naquele local. "Foi-me dito que eu poderia permanecer com a luz desde que retornasse mais tarde ao mundo físico e refletisse, vivenciando tudo o que me levou ao suicídio. Escolhi a alternativa que era retomar ao meu corpo físico. Diante disso foi-me permitido obter somente o conhecimento necessário para me manter, além de me serem dadas iluminações durante o caminho à medida que eu continue minha vida", explicou Sandra.
Festa no céu
Philomena Matta, 85, em 03 de março de 1998 teve uma parada cardíaca, causada por embolia pulmonar, sendo atendida no Prontocor na Lagoa, zona sul do Rio. Na época nada contou para os médicos, mas relatou para amigos que no período em que esteve inconsciente, entrou numa festa no céu, onde jovens muito bem vestidos e bonitos dançavam e cantavam. Ninguém percebeu a presença dela no recinto. Em um dado instante, ela disse: Este aqui não é o meu lugar. Era a senha de que precisava, para voltar. De pronto, sentiu-se voando para a Terra e entrou no corpo.
A sua médica, Dra. Maria Luiza Toscano, chefe da UTI do Hospital Miguel Couto, diz que “o fluxo cerebral dela estava zerado. Ela conseguiu superar as paradas e está muito bem”. No entanto, não leva a serio a historia da festa, dizendo que “foi uma viagem, numa situação como essa, a pessoa entra num estado de confusão mental”.
A psicóloga Malu Balona, ao contrario, aceita a viagem de Dona Philó. Abandonou a psicologia convencional no inicio da carreira para se dedicar ao estudo das chamadas experiências de quase morte. Ela coleciona dezenas de depoimentos de gente que diz ter saído do corpo durante a morte súbita interrompida.
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