sexta-feira, julho 14, 2006

Ternura
Chego no boteco, a macharia (machos)está lá.
Sabem qual foi o lance mais bonito da Copa?
Qual? Qual?
Tem sido o olhar de ternura do William Bonner para a mulher nas despedidas do Jornal Nacional.
Levo logo uma vaia. Ninguém me compreendeu.
Invento, então, um compromisso e saio antes do fim do papo. A pensar: Já sei o que os incomodou: a palavra ternura.
O mundo anda precisado de ternura e as pessoas
têm medo de demonstrar sentimentos.
Mas isso é uma bobagem.

Ternura ninguém manifesta sem sentir.
É necessário que venha de dentro.
É o mais leal dos sentimentos.
Ternura não se manifesta: sente-se.
Fico com a minha conclusão:
os meus amigos de boteco deram-me um fora errado. Piegas uma ova: poeta.
Salve o olhar de ternura de um homem
por sua mulher, a saudade verdadeira
e o cuidado com ela.
É sinal de esperança, de amor e de vida.

ARTUR DA TÁVOLA

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