quinta-feira, dezembro 20, 2007

Nós Mulheres Somos Mesmo Umas Artistas!

Mulheres em banheiro público...

Minha mãe ficava histérica com os banheiros públicos, quando pequena,
me levava ao banheiro, me ensinava a limpar a tampa do vaso com papel
higiênico e cobrir cuidadosamente com tiras de papel em toda a borda..

Finalmente me instruía: 'Nunca,MAS NUNCA se sente em um banheiro público'.

Logo me mostrava 'A posição' que consiste em se equilibrar sobre o
vaso, em uma posição de sentar sem que o corpo entre em contato com o vaso.

Isso foi há muito tempo, mas ainda hoje em nossa idade adulta, 'a
posição' é dolorosamente difícil de manter quando a bexiga está quase estourando.

Quando você 'tem que ir' a um banheiro público, sempre encontra uma
fila de mulheres que te faz pensar que as cuecas do Brad Pitt estão à venda
pela metade do preço. E assim espera pacientemente e sorri amavelmente às
outras mulheres que também estão discretamente cruzando as pernas.

Finalmente é a sua vez, você olha cada cubículo por baixo da porta pra
ver se não há pernas. Todos estão ocupados, mas finalmente uma porta se
abre e você entra quase jogando a pessoa que está saindo.Você entra e percebe que o trinco não funciona, mas não importa...

Você pendura a bolsa no gancho que tem atrás da porta e, se não tem
gancho, você a pendura no pescoço mesmo, enquanto se equilibra, sem contar que a alça da bolsa quase corta a sua nuca, porque está cheia de porcarias que você foi jogando dentro, das quais não usa a maioria, mas as tem aí, para o caso de 'e se eu precisar?'

Mas, voltando à porta... como não tinha trinco, só lhe resta a opção
de segurá-la com uma mão, enquanto com a outra você abaixa a calcinha e
fica em posição'... Alívio... ahhhhhh... mais alívio, aí é quando suas
pernas começam a relaxar e você adoraria sentar, mas não teve tempo de limpar o vaso e nem cobrir com papel, nessa hora você quase tem um treco de tão aliviada, ai dá uma desequilibrada e erra a mira.

Pronto, o suficiente pra ficar molhada até as meias, e é obvio que dá pra notar.

Para afastar o pensamento dessa desgraça, você procura o rolo de papel higiênico... maaaas.. hehehe, o rolo tá vazio!

E as suas pernas continuam querendo relaxar.

Ai você lembra de um pedacinho de papel que tá na bolsa, meio usado
porque você já limpou o nariz com ele, mas vai ter que servir, você amassa
ele pra absorver o máximo possível, mas ele é muito pequeno, e ainda tá sujo
de meleca. Nisso alguém empurra a porta e, como o trinco não funciona,
você recebe uma baita portada na cabeça.

Aí você grita 'tem genteeeeee' enquanto continua empurrando a porta
com a mão livre e o pedacinho de papel que você tinha na mão cai exatamente em uma pequena poça que tinha no chão e você não sabe se é água ou xixi...hehe ai você vai de costas e desequilibra, caindo sentada no vaso.

Você se levanta rapidamente, mas já é tarde, seu traseiro já entrou
em contato com todos os germes e formas de vida do vaso porque VOCÊ não o cobriu com papel higiênico, que de qualquer maneira não havia, mesmo
se você tivesse tido tempo de fazer isso.

Sem contar o golpe na cabeça, o quase corte na nuca pela alça da
bolsa, a espirrada de xixi nas pernas e nas meias, que ainda estão
molhadas....a lembrança de sua mãe que estaria terrivelmente envergonhada de você, porque o traseiro dela nunca sequer tocou o assento de um banheiro público, porque francamente, 'você não sabe que tipo de doença poderia pegar ai'.

Mas a aventura não termina ai... agora a descarga do banheiro, que tá
tão desregulada que jorra água como se fosse uma fonte e manda tudo pro
esgoto com tanta força que você tem que se segurar no porta-papel (quando
tem) com medo de que aquele negócio te leve junto e te mande pra China. Ai é finalmente quanto você se rende, está ensopada pela água que saiu da
privada como uma fonte.

Você está exausta. Tenta se limpar com uns papeizinhos de chiclete
Trident que estavam na bolsa e depois sai discretamente para a pia.

Você não sabe muito bem como funcionam as torneiras automáticas
também, e então dá uma limpadinha nas mãos com saliva mesmo e seca com toalha de papel e sai passando pela fila de mulheres que ainda estão esperando com as pernas cruzadas e nesse momento você é incapaz de sorrir cortesmente.
Uma alma caridosa no fim da fila te diz que você tá com um pedaço de
papel higiênico do tamanho do rio Amazonas grudado no sapato!

Você puxa o papel do sapato e joga na mão da mulher que disse que tava grudado e lhe diz suavemente:

'Toma! Você vai precisar!' e sai.

Nesse momento, seu namorado ou marido que entrou, usou e saiu do
banheiro masculino e teve tempo de sobra pra ler ' Guerra e Paz' enquanto esperava, te pergunta:
'Porque demorou tanto?'

É nessa hora que você dá um chute no saco dele e o manda pra puta que o pariu!

Este texto é dedicado a todas as mulheres de todas as partes do mundo
que já tiveram que usar um banheiro público.

E finalmente explica a vocês, homens, por que nós demoramos tanto.

Acrescento, ainda, as seguintes situações:

- quando você está de calça comprida e o chão está todo molhado e tem
que subir as pernas da calça para não arrastar no chão e, em pleno xixi,
uma das pernas desenrola e tem que segurá-la para não molhar. Acontece
muito quando as pernas são do tipo mais largas. Viva a moda das pernas justas!!!!


- quando não tem onde pendurar a bolsa e você está com um modelo sem
alça comprida e tem que segurar com os dentes. Imaginem tudo isso, mais a situação acima...

- se você está naqueles dias então... é o caos! Complica mais ainda se
o absorvente não adere à calcinha e você o avista 'navegando' dentro da
vaso e lembra que não tem outro na bolsa...e não tem papel higiênico, nem Trident..

- se você está agachada no vaso em pleno xixi, numa das situações
descritas ou em todas... o celular toca dentro da bolsa e você sabe
que a ligação é muito importante e que deve atender naquela hora...hehehehe


Resumindo: a ida da mulher ao banheiro público, em qualquer situação,
torna-se uma grande aventura. O pior de tudo é sair de lá de dentro como se nada
tivesse acontecido ...

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