sábado, agosto 25, 2007

Keep moving on


Sem palavras!

Não à Violência - O amor pode curar o Mundo.


O Dr. Arun Gandhi,
neto de Mahatma Gandhi e fundador do MK Gandhi Institute,
em palestra proferida em junho
de 2002 na Universidade de Porto Rico:

'Eu tinha 16 anos e vivia com meus pais, na instituição que meu avô havia
fundado, e que ficava a 18 milhas da cidade de Durban, na África do Sul.

Vivíamos no interior, em meio aos canaviais, e não tínhamos vizinhos, por
isso minhas irmãs e eu sempre ficávamos entusiasmados com a possibilidade de
ir até a cidade para visitar os amigos ou ir ao cinema.

Certo dia meu pai pediu-me que o levasse até a cidade, onde participaria de
uma conferência durante o dia todo. Eu fiquei radiante com esta
oportunidade.
Como íamos até a cidade, minha mãe me deu uma lista de coisas que precisava
do supermercado e, como passaríamos o dia todo, meu pai me
pediu que tratasse de alguns assuntos pendentes, como levar o carro à
oficina.

Quando me despedi de meu pai ele me disse:

'Nos vemos aqui, às 17 horas, e voltaremos para casa juntos'.

Depois de cumprir todas as tarefas, fui até o cinema mais próximo.

Distraí-me tanto com o filme (um filme duplo de John Wayne) que esqueci da
hora.

Quando me dei conta eram 17h30. Corri até a oficina, peguei o carro e
apressei-me a buscar meu pai. Eram quase 6 horas.

Ele me perguntou ansioso:

'Porque chegou tão tarde?'

Eu me sentia mal pelo ocorrido, e não tive coragem de dizer que estava vendo
um filme de John Wayne. Então, lhe disse que o carro não ficara pronto, e
que
tivera que esperar. O que eu não sabia era que ele já havia telefonado
para a oficina. Ao perceber que eu estava mentindo, disse-me:

'Algo não está certo no modo como o tenho criado, porque você não teve a
coragem de me dizer a verdade. Vou refletir sobre o que fiz de errado a
você.

Caminharei as 18 milhas até nossa casa para pensar sobre isso'.

Assim, vestido em suas melhores roupas e calçando sapatos elegantes, começou
a caminhar para casa pela estrada de terra sem iluminação. Não
pude deixá-lo sozinho...Guiei por 5 horas e meia atrás dele...Vendo meu pai
sofrer por causa de uma mentira estúpida que eu havia dito.

Decidi ali mesmo que nunca mais mentiria.

Muitas vezes me lembro deste episódio e penso: 'Se ele tivesse me castigado
da maneira como nós castigamos nossos filhos, será que teria aprendido a
lição?

'Não, não creio. Teria sofrido o castigo e continuaria fazendo o mesmo. Mas
esta ação não-violenta foi tão forte que ficou impressa na memória como se
fosse ontem'.

Autonomia = Livre Arbítrio


Conta um escritor que certo dia acompanhou um amigo até à banca de jornais onde este costumava comprar o seu exemplar diariamente.

Ao se aproximarem do balcão, seu amigo cumprimentou amavelmente o jornaleiro e como retorno recebeu um tratamento rude e grosseiro.

O amigo pegou o jornal, que foi jogado em sua direção, sorriu, agradeceu e desejou um bom final de semana ao jornaleiro.

Quando ambos caminhavam pela rua, o escritor perguntou ao seu amigo:

- Ele sempre o trata assim, com tanta grosseria?

- Sim, respondeu o rapaz. Infelizmente é sempre assim.

- E você é sempre tão polido e amigável com ele? Perguntou novamente o escritor.

- Sim, eu sou, respondeu prontamente seu amigo.

- E por que você é educado, se ele é tão grosseiro e inamistoso com você?

- Ora, respondeu o jovem, por que não quero que ele decida como eu devo ser.

.........................................................

E você, como costuma se comportar diante de pessoas rudes e deseducadas?

Importante questão esta, que nos oferece oportunidade de refletir sobre a nossa maneira de ser, nas mais variadas situações do dia-a-dia.

É comum as pessoas justificarem suas ações grosseiras com o comportamento dos outros, mas essa é uma atitude bastante imatura e incoerente.

Primeiro, porque, se reprovamos nos outros a falta de educação, temos a obrigação de agir de forma diferente, ou então somos iguais e de nada temos que reclamar.

E se já temos a autonomia para nos comportar educadamente, sem nos fazer espelho de pessoas mal-humoradas deveremos ter, igualmente, a grandeza de alma para desculpar e exemplificar a forma correta de tratar os outros.

Se o nosso comportamento, a nossa educação, depende da forma com que somos tratados, então não temos autonomia, independência, liberdade intelectual nem moral para nos conduzir por nós mesmos.

Quando agimos com cortesia e amabilidade diante de pessoas agressivas ou deseducadas, como fez o rapaz com o jornaleiro, estaremos fazendo a nossa parte para a construção de uma sociedade mais harmoniosa e mais feliz.

O que geralmente acontece, é que costumamos refletir os atos das pessoas com as quais vivemos, sem nos dar conta de que acabamos fazendo exatamente o que tanto criticamos nos outros.

Se as pessoas nos tratam com aspereza, com grosseria ou falta de educação, estão nos mostrando o que têm para oferecer. Mas nós não precisamos agir da mesma forma, se temos uma outra face da realidade para mostrar.

Assim, lembremos sempre que, quando uma pessoa nos ofende ou maltrata, o problema é dela, mas quando nós é que ofendemos ou maltratamos, o problema é nosso.

Por isso, é sempre recomendável uma ação coerente avalizada pelo bom senso, ao invés de uma reação impensada que poderá trazer consigo grande soma de dissabores.

Pense nisso!

Se lhe oferecem grosseria, faça diferente: seja cortês.

Se lhe tratam com aspereza, responda com amabilidade.

Se lhe dão indiferença, doe atenção.

Se lhe ofertam mau humor, retribua com gentileza.

Se lhe tratam com rancor, responda com ternura.

Se lhe presenteiam com o ódio, anule-o com o amor.

Agindo assim você será realmente grande, pois quanto mais alguém se aproxima da perfeição, menos a exige dos outros.




www.momento.com.br, com base em história de John Powell.

Lótus Dourado - Curiosidade

Ao longo da História, várias foram as culturas que optaram por exagerar
diversas partes do corpo. Na China, era costume forçar a natureza,
exagerando a pequenez do pé feminino.

Os pés das mulheres eram enfaixados, um processo extremamente doloroso que começava na infância. As mães exigiam que as filhas, a partir dos sete anos, envolvessem os pés minúsculos numa ligadura especial, com 5 centímetros de largura e 3 metros de
comprimento, que obrigava os dedos menores a encaracolarem-se para trás e para baixo, deixando livre apenas o dedo grande.

À medida que a ligadura ia sendo apertada, a sola do pé aproximava-se cada vez mais do calcanhar. Depois de vários anos deste tratamento, o pé ficava deformado
para sempre, comprimido e atrofiado, quase como um pequeno casco.

Os pés cabiam então nos pequenos sapatos requintadamente bordados, apenas com
alguns centímetros de comprimento, que eram confeccionados para as senhoras da alta sociedade.

O pé pequeno semelhante a um casco, chamado Lótus Dourado, era
considerado o máximo da beleza erótica pelos homens chineses. Enquanto
faziam amor,eles acariciavam o Lótus Dourado, chupavam-no, ardiscavam-no e chegavam a
enfiá-lo totalmente na boca, O pé tornava-se o núcleo do desejo erótico.

Como as mulheres têm os pés menores que os homens, o exagero dessa
diferença traduzia-se num excesso de feminilidade para a mulher. Só as
camponesas é que tinham os pés achatados, ou "pés de pato", como lhes
chamavam com sarcasmo. (E não é de admirar que a história da Cinderela -
cujas irmãs, muito feias, não conseguiram enfiar os pés enormes no
minúsculo sapatinho - seja de origem chinesa.)

O hábito chinês dos pés enfaixados durou quase um milênio, desde o século
X até ao início do século XX, quando foi finalmente suprimido, devido à
sua crueldade. O fato de ter subsistido durante tanto tempo deve-se à
sua dupla importância: o pé não só era uma zona erótica, como era um
símbolo de um estatuto social elevado.

As mulheres que tinham os pés enfaixados não podiam executar trabalhos manuais. Ter um par de Lótus Dourados equivalia a uma vida inteira de reclusão palaciana, de inatividade forçada e de fidelidade.













Você sabia??? WD-40



WD-40, quem diria?
Eu tive um vizinho que comprou uma pickup nova. Num domingo de manha cedo eu vi que alguém tinha pixado as laterais da sua pickup com tinta vermelha (por algum motivo desconhecido). Eu bati, o acordei e dei a má notícia. Ele ficou muito irritado e tentava imaginar o que fazer – provavelmente nada até Segunda-Feira, visto que estava tudo fechado. Um outro vizinho apareceu e disse para pegar o WD-40 e limpar aquilo. O produto removeu a tinta de maneira incrível, sem danificar a pintura do carro. Eu fiquei impressionado – WD-40, quem diria…

Repelente de Água número 40. O produto se originou da pesquisa por um protetor contra ferrugem e desengraxante para proteger peças de mísseis. O WD-40 foi criado em 1953 por três técnicos da San Diego Rocket Chemical company. O nome vem do projeto, que tinha por objetivo deselvolver um composto para repelir água (Warter dosplacement). Eles tiveram sucesso com a quadragésima fórmula, portanto WD-40. A Corvair Compan adquiriu o compost a granel para proteger os componentes dos mísseis Atlas. Ken East (um dos fundadores) disse que não há nada no WD-40 que sejá prejudicial às pessoas.
Quando você ler a parte sobre porta de box de banheiro, experimente. É a primeira coisa que funcionou para remover manchas da porta do box. Se o seu for plástico, funciona do mesmo jeito de com vidro. É um milagre! Tente no fogão… voilá! Vai brilhar como nunca. Você vai ficar maravilhado(a)

Seguem alguns usos:

1)Protege prata de ficar preta
2) Remove pixe e asfalto da pintura do carro
3) limpa e lubrifica cordas de guitarra
4) Dá um brilho ao piso como se tivesse sido recém encerado, sem deixá-lo escorregadio
5) repele moscas de vacas
6) limpa e restaura quadros-negros
7) remove manchas de batom
8) desengripa zípers
9) desenbaraça correntes e bijuterias
10) remove manchas de pias de inox
11) remove sujeira e gordura de grelhas e churrasqueiras
12) evita que vasos de cerâmica se oxidem
13) remove manchas de tomate de roupas
14) limpa manchas de portas de box de banheiro
15) Disfarça riscos e arranhões de pisos de cerâmica e mármore
16) mantém tesouras em bom funcionamento
17) lubrifica dobradiças barulhentas em carros e em casa
18) Remove marcas de sola de sapato do piso da cozinha. Não estraga o piso e a remoção é fácil. Lembre-se de abrir as janelas caso haja muitas marcas a serem retiradas
19) Restos de insetos estragama pintura do carrose não forem removidos logo. Use WD-40!
20) Serve para lubrificar escorregadores no play ground para se escorregar mais rápido
21) Lubrifica a tansmissão e controles em cortadores de grama
22) elimina rangidos e barulhos de balanços
23) lubrifica os trilhos da janela e faz com que fiquem mais fácil de abrir
24) aplicado na haste do guarda chuva facilita abrir e fechar
25) restaura e limpa painés e superfícies de couro em carros, bem como para-choques plásticos
26) restaura e limpa bagageiros em veículos
27) lubrifica e elimina ruidos em ventiladores elétricos
28) Lubrifica rodas e catracas em triciclos e bicicletas
29) lubrifica correias em lavadoras e secadores e evita ruidos
30) protege serras e serrotes contra ferrugem
31) remove gordura de fornos
32) evita que espelhos de banheiros fiquem embaçados
33) lubrifica próteses
34) repelente de pombos (eles odeiam o cheiro)
35) remove restos de duct tape
36) Algumas pessoas aplicam nas mãos, braços e joelhos para aliviar dores de artrite
37) uso favorito na Florida: removedor de insetos da frente do carro
38) uso favorito em Nova York: WD-40 protégé a Estátua da Liberdade do tempo
39) WD-40 atrai peixes. Applique UM POUCO nas iscas vivas e logo você vai pegar aquele bem grande. Muito mais barato que os produtos feitos para esse fim
40) Use para picadas de formiga. Elimina o ardido imediatamente e faz parar de coçar
41) WD-40 é ótimo para remover giz de cera de paredas. Aplique no local e limpe com um pano limpo
42) Se alguém lavar um batom junto com as roupas, aplique WD-40 nas manchas e lave novamente.
43) Se o carro não pegar pois o distribuidor estiver molhado, appliqué WD-40 na tampa do distibuidor e o carro deve fuincionar
P.S. O ingrediente básico é óleo de peixe
P.P.S. Mantenha uma lata de WD-40 no armário da cozinha. É bom para queimaduras. Elimina a sensação de queimado e não deixa cicatriz

A almofada de penas - Horácio Quiroga




Sua lua-de-mel foi um longo estremecimento. Loura, angelical e tímida, o temperamento duro do marido gelou suas sonhadas criancices de noiva. Ela o amava muito, no entanto, às vezes, sentia um ligeiro estremecimento quando, voltando à noite juntos pela rua, olhava furtivamente para a alta estatura de Jordão, mudo havia mais de uma hora. Ele, por sua vez, a amava profundamente, sem demonstrá-lo.

Durante três meses — tinham casado no mês de abril — viveram numa felicidade especial.

Sem dúvida ela teria desejado menos severidade nesse rígido céu de amor, mais expansiva e incauta ternura; mas a impassível expressão do seu marido a reprimia sempre.

A casa em que viviam influenciava um pouco nos seus estremecimentos. A brancura do pátio silencioso — frisos, colunas e estátuas de mármore — produzia uma outonal impressão de palácio encantado. Por dentro, o brilho glacial do estuque, sem o mais leve arranhão nas altas paredes, acentuava aquela sensação de frio desagradável. Ao atravessar um quarto para outro, os passos encontravam eco na casa toda, como se um longo abandono tivesse sensibilizado sua ressonância.

Nesse estranho ninho de amor, Alicia passou todo o outono. Porém tinha terminado por abaixar um véu sobre os seus antigos sonhos, e ainda vivia dormida na casa hostil, sem querer pensar em nada até o marido chegar.

Não é incomum que emagrecesse. Teve um ligeiro ataque de gripe que se arrastou insidiosamente dias e mais dias; Alicia não melhorava nunca. Por fim uma tarde pôde sair ao jardim apoiada no braço dele. Olhava indiferente para um e outro lado. De repente Jordão, com profunda ternura, passou a mão pela sua cabeça, e Alicia em seguida se quebrou em soluços, e o abraçou. Chorou demoradamente seu discreto pavor, redobrando o choro diante da menor tentativa de carícia. Depois, os soluços foram-se acalmando, e ainda ficou um longo tempo escondido no seu ombro, quietinha, sem pronunciar uma palavra.

Foi o último dia que Alicia esteve de pé. No dia seguinte amanheceu desacordada. O médico de Jordão a examinou com toda a atenção, recomendando muita calma e repouso absolutos.

— Não sei — disse para Jordão na porta da casa, em voz ainda baixa. — Tem uma grande debilidade que não consigo explicar, e sem vômitos, nada... Se amanhã ela acordar igual a hoje, você me chama depressa.

No dia seguinte ela piorou. Houve consulta. Constatou-se uma anemia agudíssima, completamente inexplicável. Alicia não teve mais desmaios, mas ia visivelmente andando para a morte. Durante o dia todo, o quarto estava com as luzes acesas e em total silêncio. As horas se passavam sem se ouvir o mínimo barulho. Alicia dormitava. Jordão vivia quase que definitivamente na sala, também com as luzes acesas. Andava sem cessar de um extremo para outro, com incansável obstinação. O tapete abafava seus passos. Algumas vezes entrava no quarto e continuava seu mudo vaivém ao longo da cama, olhando para sua mulher cada vez que caminhava na sua direção.

Não demorou muito para Alicia passar a sofrer alucinações, confusas e flutuantes no início, e que desceram depois até o chão. A jovem, de olhos desmesuradamente abertos, não fazia senão olhar para os tapetes que se encontravam a cada lado da cama. Uma noite ela ficou repentinamente com o olhar fixo. Em seguida abriu a boca tentando gritar, e suas narinas e lábios se molharam de suor.

— Jordão! Jordão! — gritou, rígida de espanto, sem parar de olhar o tapete.

Jordão correu para o quarto, e, ao vê-lo aparecer, Alicia deu um brado de horror.

— Sou eu, Alicia, sou eu!

Alicia olhou para ele com olhar extraviado, olhou para o tapete, voltou a olhar para ele, e depois de um longo momento de estupefata confrontação, serenou. Sorriu e pegou entre as suas as mãos do marido, fazendo carícias e tremendo.

Entre suas alucinações mais obstinadas, houve um antropóide, apoiado no tapete sobre os próprios dedos, que mantinha os olhos fixos nela.

Os médicos voltaram inutilmente. Havia ali, diante deles, uma vida que se acabava, dessangrando-se dia após dia, hora após hora, sem se saber absolutamente por quê. Na última consulta, Alicia jazia em estupor, enquanto eles a pulseavam, passando de um para outro o pulso inerte. Observaram-na um longo momento em silêncio e encaminharam-se para a sala.

— Pst... — Deu de ombros, desanimado, seu médico. — É um caso sério... pouco se pode fazer...

— Era só o que me faltava! — gritou Jordão. E tamborilou bruscamente sobre a mesa.

Alicia foi-se extinguindo no seu delírio de anemia, que se fazia mais grave pe!a tarde, mas que cedia sempre nas primeiras horas da manhã. Durante o dia, sua doença não avançava, mas de manhã ela amanhecia lívida, quase em síncope. Parecia que unicamente à noite a sua vida se fosse em novas asas de sangue. Tinha sempre ao acordar a sensação de sentir-se derrubada na cama com um milhão de quilos por cima. A partir do terceiro dia esse desmoronamento não a abandonou mais. Apenas podia mexer a cabeça. Não deixou que pegassem na sua cama, nem sequer que arrumassem a almofada. Seus terrores crepusculares avançaram na forma de monstros que se arrastavam até sua cama e subiam com dificuldade pela colcha.

Perdeu depois o conhecimento. Nos dias finais, delirou sem cessar a meia-voz. As luzes continuavam fúnebres e acesas no quarto e na sala. No silêncio agônico da casa, não se ouvia mais que o delírio monótono que saía da cama, e o rumor abafado dos eternos passos de Jordão.

Alicia morreu, por fim. A empregada, que entrou depois para desfazer a cama, já vazia, olhou um momento com estranheza para a almofada.

— Senhor! — chamou ao Jordão em voz baixa. — Na almofada há manchas que parecem ser de sangue.

Jordão se aproximou rapidamente. Também se agachou. Efetivamente, sobre a fronha, de ambos os lados da cavidade que tinha deixado a cabeça de Alicia, se viam algumas manchinhas escuras.

— Parecem picadas — murmurou a empregada depois de um momento imóvel na observação.

— Aproxime-o da luz - disse Jordão.

A moça levantou a almofada, mas em seguida deixou-a cair, e ficou olhando para ele, lívida e trêmula. Sem saber por quê, Jordão percebeu que seus cabelos se eriçavam.

— O que é que há? — murmurou com voz rouca.

— Pesa muito — falou a empregada, sem parar de tremer.

Jordão levantou a almofada; pesava extraordinariamente. Saíram com ela, e sobre a mesa da sala Jordão cortou a fronha e a capa. As penas superiores voaram, e a empregada deu um grito de horror com a boca inteiramente aberta, levando as mãos crispadas às bandós. Sobre o fundo, entre as penas, mexendo devagar os pés aveludados, havia um animal monstruoso, uma bola viva e viscosa. Estava tão inchada que quase não se lhe via a boca.

Noite após noite, a partir do dia em que Alicia tinha ficado doente, ele tinha aplicado sigilosamente sua boca — sua tromba, melhor dizendo — às têmporas da mulher, chupando-lhe o sangue. A mordida era quase imperceptível. A remoção diária da almofada tinha impedido sem dúvida seu desenvolvimento, mas assim que a jovem não conseguiu mais se mexer, a sucção foi vertiginosa. Em apenas cinco dias e cinco noites, tinha esvaziado Alicia.

Esses parasitos das aves, diminutos no seu meio habitual, chegam a adquirir proporções enormes em certas condições. O sangue humano parece ser para eles particularmente favorável, e não é raro encontrá-los nas almofadas de penas.


Horacio Quiroga (1878 – 1937), nasceu em Salto, no Uruguai, foi poeta, romancista, diplomata e dramaturgo. Sua vida foi marcada por acontecimentos trágicos — a morte violenta do pai, o suicídio do padrasto, o falecimento de dois de seus irmãos, o suicídio da primeira esposa e, posteriormente à sua morte, também por suicídio ao saber que sofria de um câncer gástrico, seus três filhos se suicidaram. Conviveu em Paris com Rúben Darío, foi professor de castelhano em Buenos Aires – Argentina, trabalhou como fotógrafo em uma expedição à ruínas jesuíticas de Misiones, onde morou. Algumas de suas obras: Los arrecifes de coral (1901 – Os recifes de coral), Cuentos de amor, de locura y de muerte (1917 – Contos de amor, de loucura e de morte), Cuentos de la selva (1918 – Contos da selva), Los desterrados (1926 – Os desterrados), e Más Allá (1935 – Mais além), última obra do autor.



O texto acima foi extraído do livro "Cuentos de amor, de locura y de muerte" e consta da coletânea "Contos Latinio-Americanos Eternos", Editora Bom-Texto - Rio de Janeiro, 2005, pág. 173, tradução de Alicia Ramal.

Eu só quero ver!!!!!

sexta-feira, agosto 17, 2007

"O sorriso e a manifestação dos lábios quando os olhos encontram o que o coraçao procura"

quarta-feira, agosto 15, 2007

Just Another Woman In Love - Anne Murray

It sounds so sweet and so despairing...isn't?

terça-feira, agosto 07, 2007

Depilação - Agora na versão masculina! rsrsr



Estava eu assistindo tv numa tarde de domingo, naquele horário em que não se pode inventar nada o que fazer, pois no outro dia é segunda-feira, quando minha esposa deitou ao meu lado e ficou brincando com minhas "partes". Após alguns minutos ela veio com a seguinte idéia: Por que não depilamos seus ovinhos, assim eu poderia fazer "outras coisas" com eles.

Aquela frase foi igual um sino na minha cabeça. Por alguns segundos fiquei imaginando o que seriam "outras coisas". Respondi que não, que doeria coisa e tal, mas ela veio com argumentos sobre as novas técnicas de depilação e eu não tive mais como negar. Concordei.

Ela me pediu que ficasse pelado enquanto buscaria os equipamentos necessários para tal feito. Fiquei olhando para TV, porém minha mente estava vagando pelas novas sensações que só acordei quando escutei o beep do microondas.

Ela voltou ao quarto com um pote de cêra, uma espátula e alguns pedaços de plástico. Achei meio estranho aqueles equipamentos, mas ela estava com um ar de "dona da situação" que deixaria qualquer médico urologista sentindo-se como residente. Fiquei tranqüilo e autorizei o restante do processo. Pediu para que eu ficasse numa posição de "quase-frango-assado" e liberasse o aceso a "zona do agrião". Pegou meus ovinhos como quem pega duas bolinhas de porcelana e começou a passar cera morna. Achei aquela sensação maravilhosa!! O Sr. Pinto já estava todo "pimpão" como quem diz: "sou o próximo da fila"!! Pelo início, fiquei imaginando quais seriam as "outras coisas" que viriam.

Após estarem completamente besuntados de cera, ela embrulhou ambos no plástico com tanto cuidado que eu achei que iria levá-los para viagem.

Fiquei imaginando onde ela teria aprendido essa técnica de prazer: Na Thailândia, na China ou pela Internet mesmo. Porém, alguns segundos depois ela esticou o saquinho para um lado e deu um puxão repentino. Todas as novas sensações foram trocadas por um sonoro PUTA-QUE-O-PARIU quase falado letra por letra.

Olhei para o plástico para ver se o couro do meu saco não tinha ficado grudado na cera. Ela disse que ainda restaram alguns pelinhos, e que precisava passar de novo. Respondi prontamente: Se depender de mim eles vão ficar aí para a eternidade!!

Segurei o Dr. Esquerdo e o Dr. Direito em minhas respectivas mãos, como quem segura os últimos ovos da mais bela ave amazônica em extinção, e fui para o banheiro. Sentia o coração bater nos ovos. Abri o chuveiro e foi a primeira vez que eu molho o saco antes de molhar a cabeça. Passei alguns minutos só deixando a água escorrer pelo meu corpo.

Saí do banho, mas nesses momentos de dor qualquer homem vira um bebezinho novo: faz merda atrás de merda. Peguei meu gel pós barba com camomila "que acalma a pele", enchi as mãos e passei nos ovos. Foi como se tivesse passado molho de pimenta. Sentei na privada, peguei a toalha de rosto e fiquei abanando os ovos como quem abana um boxeador no 10° round.

Olhei para meu pinto. Ele era tão alegrinho minutos atrás, estava tão pequeno que mais parecia que eu tinha saído de uma piscina 5 graus abaixo de zero.

Nesse momento minha esposa bate na porta do banheiro e perguntou o que estava acontecendo. Aquela voz antes aveludada ficou igual um carrasco mandando eu entregar o presidente da revolução.

Saí do banheiro e voltei para o quarto. Ela estava argumentado que os pelos tinham saído pelas raízes, que demorariam voltar a nascer.

"Pela espessura da pele do meu saco, meus netos irão nascer sem pelos nos ovos", respondi.

Ela pediu para olhar como estavam. Eu falei para olhar com meio metro de distância e sem tocar em nada!!

Vesti a camiseta e fui dormir (somente de camiseta). Naquele momento sexo para mim seria somente para perpetuar a espécie humana.

No outro dia pela manhã fui me arrumar para ir trabalhar. Os ovos estavam mais calmos, porém mais vermelhos que tomates maduros. Foi estranho sentir o vento bater em lugares nunca antes visitados. Tentei colocar a cueca, mas nada feito. Procurei alguma cueca de veludo e nada. Vesti a calça mais folgada que achei no armário e fui trabalhar sem cueca mesmo.

Entrei na minha seção andando igual um cowboy cagado. Falei bom dia para todos, mas sem olhar nos olhos. E passei o dia inteiro trabalhando em pé com receio de encostar os tomates maduros em qualquer superfície.


Resultado, certas coisas devem ser feitas somente pelas mulheres.

Não adianta tentar misturar os universos masculino e feminino.


(procura-se autoria!)

Para as minhas amigas!!!!

*TER AMIGAS PRODUZ O HORMÔNIO OXITOCINA (efeito calmante)*

Um estudo publicado pela Universidade de Los Angeles, Califórnia, indica que a amizade entre mulheres é algo verdadeiramente especial.
Descobriu-se que as amigas contribuem para o fortalecimento da identidade e para projectar o nosso futuro. Constituem um remanso, diante de um mundo real cheio de tempestades e obstáculos.

As amigas ajudam-nos a preencher os vazios emocionais das nossas relações com os homens e ajudam-nos a recordar quem nós somos realmente.Após 50 anos de investigações, identificou-se que existem substâncias químicas produzidas pelo cérebro que ajudam a criar e manter laços de amizade entre as mulheres. Os pesquisadores, homens na sua maioria,surpreenderam-se com os resultados desses estudos.

Quando o hormônio OXITOCINA é libertado como parte da reacção das mulheres frente ao stress,elas sentem a necessidade de proteger os seus filhos e de agruparem-se com outras mulheres. Quando isso acontece, produz-se uma quantidade ainda maior de oxitocina, que reduz o stress mais agudo e provoca um efeito calmante.Estas reações não aparecem entre os membros do sexo masculino porque a testosterona, que os homens produzem em altas quantidades, tende a neutralizar os efeitos da oxitocina, enquanto os estrógenos femininos aumentam a produção do hormônio oxitocina.

Depois de repetidos estudos, demonstrou-se que os laços emocionais existentes entre as mulheres que são amigas verdadeiras e leais contribuem para a redução dos riscos de doenças ligadas à pressão arterial e ao colesterol.Acredita-se que esta pode ser uma das razões por que as mulheres geralmente vivem mais do que os homens. As mulheres que não estabelecem relações de amizade com outras mulheres não mostram os mesmos resultados em sua saúde.

Assim, ter amigas nos ajuda não somente a viver mais, como também a viver melhor. O estudo sobre saúde indica que quanto mais amigas tem uma mulher,maior probabilidade ela terá de chegar à velhice sem problemas físicos,levando uma vida plena e saudável.Não contar com amigas próximas pode ser tão prejudicial para a saúde quanto a obesidade, o tabagismo ou o sedentarismo.

Nesse mesmo estudo, foi observado também como as mulheres superam um momento crítico, como a morte do cônjuge, e percebeu-se que as mulheres que podiam confiar nas suas amigas reagiram sem doenças graves e recuperaram-se num lapso de tempo menor do que aquelas que não tinham em quem confiar.

O estudo concluiu que a amizade entre as mulheres constitui uma fonte recíproca de força, bem-estar, alegria e saúde!

Diante disso amigas, chego à conclusão de que o melhor é abandonarmos a academia de ginástica, marcar muitos jantares, beber, comer e fofocar bastante, não é ?
Questão de saúde pessoal!!!!!