A beneficiência sem ostentação tem um duplo mérito;
além da caridade material, é a caridade moral;
ela poupa a suscetibilidade do beneficiado e o faz aceitar o benefício sem que seu amor-próprio sofra com isso. e salvanguardando a sua dignidade de homem.
Porque alguém aceitará um serviço, mas não receberá uma esmola;
ora,converter um serviço em esmola pela maneira que é prestado, é humilhar aquele que o recebe, e há sempre orgulho e maldade em humilhar alguém.
A verdadeira caridade, ao contrário, é delicada e engenhosa para dissimular o benefício, evita até as menores aparências ofensivas, porque toda ofensa moral aumenta o sofrimento que nasce da necessidade;
ela sabe encontrar palavras doces e afáveis que colocam o beneficiado à vontade em face do benfeitor,ao passo que a caridade orgulhosa o esmaga.
O sublime da verdadeira generosidade é quando o benfeitor, mudando de papel, encontra o meio de parecer ele mesmo beneficiado em face daquele a quem presta serviço.Eis o que querem dizer essas palavras:
"Que a mão esquerda não saiba o que dá a direita"
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