sábado, setembro 28, 2013

Encontros

Os encontros mais importantes já foram combinados pelas almas antes mesmo que os corpos se vejam.

Geralmente estes encontros acontecem quando chegamos a um limite, quando precisamos morrer e renascer emocionalmente. Os encontros
nos esperam – mas a maior parte das vezes evitamos que eles aconteçam. Entretanto, se estamos desesperados, se já não temos mais nada a perder, ou se estamos muito entusiasmados com a vida, então o desconhecido se manifesta, e nosso universo muda de rumo.

Todos sabem amar, pois já nasceram com este dom. Algumas pessoas já o praticam naturalmente bem, mas a maioria tem que reaprender, relembrar como se ama, e todos – sem exceção – precisam queimar na fogueira de suas emoções passadas, reviver algumas alegrias e dores, quedas e subidas, até conseguir enxergar o fio condutor que existe por detrás de cada novo encontro.

(Paulo Coelho)

sexta-feira, setembro 13, 2013

Toxinas da casa




 
 
 
(a sabedoria de D. Francisca)


Diz dona Francisca, minha secretária, que acaba de chegar:

- "Antes de dar uma geral na casa, deixa eu te dar um abraço que preste!" e ela me apertou.


Na matemática de dona Francisca:

= quatro abraços por dia dão para sobreviver;

= oito ajudam a nos manter vivos;
= 12 fazem a vida prosperar.


Falando nisso, "vida nenhuma prospera se estiver pesada e intoxicada".


Já ouviu falar em toxinas da casa? Pois são:


- objetos que você não usa;

- roupas que você não gosta ou não usa há um ano;

- coisas feias;

- coisas quebradas, lascadas ou rachadas;

- velhas cartas, bilhetes;

- plantas mortas ou doentes;

- recibos/jornais/revistas, antigos;

- remédios vencidos;

- meias velhas, furadas;

- sapatos estragados...


Ufa, que peso!
"O que está fora está dentro e isso afeta a saúde", aprendi com dona Francisca. "Saúde é o que interessa. O resto não tem pressa!", ela diz, enquanto me ajuda a 'destralhar', ou liberar as tralhas da casa... O 'destralhamento' é a forma mais rápida de transformar a vida e ajudar as outras eventuais terapias.


Com o destralhamento:

- A saúde melhora;

- A criatividade cresce;

- Os relacionamentos se aprimoram...


É comum se sentir cansado, deprimido, desanimado, em um ambiente cheio de entulho, pois "existem fios invisíveis que nos ligam à tudo aquilo que possuímos".


Outros possíveis efeitos do "acúmulo e da bagunça":

- sentir-se desorganizado; fracassado; limitado; aumento de peso; apegado ao passado...


No porão e no sótão, as tralhas viram sobrecarga;

Na entrada, restringem o fluxo da vida;

Empilhadas no chão, nos puxam para baixo;

Acima de nós, são dores de cabeça;

Sob a cama, poluem o sono.

Oito horas, para trabalhar; Oito horas, para descansar; Oito horas, para se cuidar."


Perguntinhas úteis na hora de destralhar-se:


- Por que estou guardando isso?

- Será que tem a ver comigo hoje?

- O que vou sentir ao liberar isto?


...e vá fazendo pilhas separadas...

- Para doar!

- Para jogar fora!

- Para mandar embora!


Para destralhar mais:

- livre-se de barulhos;

- das luzes fortes;

- das cores berrantes;

- dos odores químicos;

- dos revestimentos sintéticos...


e também...

- libere mágoas;

- pare de fumar;

- diminua o uso da carne;

- termine projetos inacabados.


"Acumular nos dá a sensação de permanência, apesar de a vida ser impermanente", diz a sabedoria oriental.


O Ocidente resiste a essa ideia e, assim, perde contato com o sagrado instante presente.


Dona Francisca me conta que "as frutas nascem azedas e no pé, vão ficando docinhas com o tempo"... a gente deveria de ser assim, ela diz:


"Destralhar ajuda a adocicar."


Se os sábios concordam, quem sou eu para discordar?